domingo, 8 de julho de 2018

Por que crer na Trindade?


Este é um dos assuntos mais polêmicos da Bíblia Sagrada e uma doutrina/ dogma do cristianismo.
Longe do contexto histórico dos concílios, onde este assunto esteve exclusivamente em pauta, desejo me ater apenas ao que tange diretamente às Escrituras
Apesar de a palavra trindade não ser encontrada na Bíblia a sua manifestação é constante em cada página. Assim como a palavra Deus não aparece no livro de Ester, todavia encontramos a sua ação em todo o seu contexto.
A palavra trindade apareceu pela primeira vez com um dos pais da igreja chamado Tertuliano. Este singelo homem inaugurou o termo trindade, nos séculos II e III, para designar um Deus uno e triuno.
A partir daí podemos traçar um panorama bíblico baseado na seguinte indagação: Por que crer na Trindade?

1 – Deste o inicio das Escrituras Sagradas ela é manifestada. No livro do Gênesis  encontramos a Trindade em evidência:

   “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26)

        Observe que no primeiro versículo Deus não disse: “Farei” sim “façamos”.  Aqui o plural é apresentado, o que indica uma ação conjunta do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo na confecção do homem.
Vale lembrar que a primeira palavra hebraica nas Escrituras para Deus é Elohin (Gênesis 1.26) e esta se encontra no plural, indicando a pluralidade das pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) na unidade do ser (Deus).
Após a queda a mesma pluralidade se manifesta mais uma vez na unidade:

“Então disse o Senhor Deus: Agora o homem se tornou como um de nós” (3.22)

         Deus não disse que o homem se tornou como "Eu", mas “como um de nós” - Por mais uma ocasião a Trindade é manifestada.
Ao decidir confundir as línguas, derrubando a Torre de Babel, mais uma vez encontramos a Sua ação:

Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (Gênesis 11.7).

2 – Na Era dos Reis muitos profetas foram levantados por Jeová, dentre eles o sacerdote Isaías, filho de Amós. No momento do seu chamamento profético ele registrou no capítulo 6, versículo 3 o cântico dos serafins:

“E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória.“

    Observe o tríplice cântico destes seres angelicais representando a santidade da trindade divina.
       Contextualizando eles estariam dizendo:
          
           “Santo Pai, Santo Filho, Santo Espírito Santo.”

3 – Há alguns estudiosos que afirmam que, se nós cristãos crermos na trindade, automaticamente deixamos de ser monoteístas (crença num único deus) e nos tornamos politeístas (crença em vários deuses). O problema está claramente evidenciado no modo como eles querem enxergar esta doutrina, não em sua verdadeira composição.
      Primeiramente precisamos compreender que Deus é Triuno – São três em  um como na matemática:

               1x1x1=1 (monoteísmo) e não 1+1+1=3 (Politeísmo)

4 – Na dispensação da Graça temos algumas apresentações da trindade:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus” (João 1.1)
         
        Este princípio que João registrou é o abordado anteriormente no “Façamos” do Gênesis. O Cristo, no princípio, "era Deus".

“Eu e o Pai somos um.”  (João 10.30)


          A unidade que há no Pai e no Filho.

“Quem vê a mim, vê Aquele que me enviou. (João 12.45)

                Cristo é a representação do próprio Deus.

Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.” (João 14.7)

                Ambos possuem a mesma essência. Quem conhece um, conhece outro.

“...Quem me vê a mim vê o Pai..”. (João 14.10)

              Cristo também é o próprio Pai.

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. (I João 5.7)

              O Pai, a Palavra (Cristo o verbo de João 1.1) e o Espirito Santo  são um em Deus (totalidade dos três)

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (I João 5.8)


      São três elementos fundidos em um.

Quando Cristo prometeu a vinda do Espírito Santo ele disse que enviaria o Consolador (João 14.16,17). A palavra grega para Consolador é Paracletos (παράκλητος), o que diz respeito a alguém que é como o Cristo, com o seu mesmo poder e glória. Na verdade trata-se do próprio Deus.
Quando afirmamos que Deus está entre nós, ele realmente está na pessoa do Espirito Santo que habita em nós, seu tempo (Atos 17.6). Trata-se do verdadeiro Emmanuel prometido, o Deus no homem.
O batismo de Jesus Cristo foi o único evento registrado onde a Trindade se manifestou numa mesma ocasião: O Pai no céu falando sobre o Filho, o Espirito Santo sobre Ele como pomba e o Filho nas águas do Jordão. Observe que a imagem não estava na horizontal, sim na vertical (Mateus 3.16,17).
Cristo ao enviar a sua igreja ao campo ordenou que fizéssemos discípulos e batizássemos em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo (Mateus 28.19).
A Bênção Apostólica é pronunciada em nome da trindade:

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.”

5 – O Pai, o Filho e o Espírito Santo compõem Deus e não forma deuses.

      O Pai é Deus: João 6:27 / I Pedro 1:2
      O Filho é Deus: João 1:1 / Colossenses 2:9
      O Espírito Santo é Deus: Atos dos Apóstolos 5:3-4 / I Coríntios 3:16

                Cada um tem sua função específica:


      O Pai é a fonte completa
      O Filho é o agente
      O Espírito Santo é o meio

DEUS É A COMPOSIÇÃO DOS TRÊS



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