quinta-feira, 15 de julho de 2010

Resgatando a Glória da Perdida


“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e sobre este lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.9)

Este é um dos mais gloriosos episódios na história do povo Judeu, que fala sobre a misericórdia e persistência de Deus em abençoar e resgatar o seu povo. É um período conhecido como pós-exílico, pois os judeus ficaram sob domínio babilônico por cerca de 70 anos, e após regressarem Deus convocou o profeta Ageu para assumir um papel importantíssimo nessa obra de restauração.
Contemporâneo de Esdras, Neemias e Malaquias, escreveu seu livro aproximadamente no ano de 520 a.C. Viveu durante o governo de Dário Histaspes e trabalhou ao lado de um profeta mais novo chamado Zacarias. Começou a profetizar com cerca de 70 a 80 anos, para transmitir quatro concisas mensagens exortando Zorobabel, Josué e o povo a reconstruir o templo.
Mas que templo era este?
Era o templo de Salomão que tinha como precursor o Tabernáculo de Moisés.
Durante a monarquia o templo passou por muitas profanações e restaurações, por exemplo: foi saqueado por Sisaque do Egito durante o reinado de Roboão (II Cr 12.9); Foi restaurado pelo rei Asa (II Rs 158-18); Em declínio espiritual Josias fez reparos (II Cr 24.4-14); Acaz mandou seus ornamentos para o rei da Assíria como forma de apaziguamento político e cerrou suas portas (II Cr 28.21,24); Ezequias, seu filho, reabriu e o purificou (II Cr 33.-7); Seu neto Josias foi o último rei que fez reparos no templo (II Cr 34). Mesmo diante desses altos e baixos a idolatria continuou entre seus sucessores, de maneira que Deus permitiu que Nabucodonozor destruísse totalmente a cidade e o templo em 586 a.C. (II Rs 25.13-17).
Após passarem os setenta anos de cativeiro, Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprissem às profecias de Isaías e Jeremias deixou o povo voltar para reconstruir o templo. O primeiro grupo saiu com Esdras (Ed 2) com cerca de 50.596 homens, onde começaram as obras reparando o Altar (Ed 3).
Mesmo diante desse grandioso mover de Deus a oposição se levantou contra Judá e Benjamim, pois queriam se unir para atemorizá-los desde o reinado de Ciro ao de Dário. No principio do reinado de Assuero escreveram acusações contra Judá; No reinado de Artaxerxes (534 a.C.) fizeram os judeus cessarem a obra (Ed 4.24), passando assim a construir suas próprias casas.
Tatenai, um governador provincial, se levantou contra a restauração, mas Dário lê o decreto de Ciro e ordena a reconstrução (Ed 6.12).
Em 516 a obra é concluída (Ed 6.13) um ano após lançar os alicerces.
Do capítulo 6 ao 7 há um intervalo de 60 anos, período em que ocorreu os eventos do livro de Ester.
A partir do capítulo 7 Esdras é enviado por Artaxerxes a proclamar um edito em favor dos judeus, regressando a terra com cerca de 5000 homens, acabando com os casamentos pagãos (Ed 9.10) e o povo confessando seus pecados foram perdoados.
Ao observarem a construção da segunda casa, os judeus se entristecem por não ter o mesmo esplendor do templo de Salomão. Em 520 a.C. Ageu entra em cena e começa a profetizar animando o povo dizendo que Deus não está preocupado com a gloria externa, mas com o que está contido nela.
Talvez você meu amigo esteja vivendo isso na sua vida, você se recorda dos tempos passados, dias áureos da sua vida, mas por um deslize banal perdeu tudo – Ainda há esperança. Reconheço que por fora você não é mais aquele jovem, não tem mais aquele vigor, mas Deus está te dizendo que a diferença será a glória que habitará dentro de você. Se um dia você alcançou grandes coisas com Deus, se prepare, pois o melhor dele está por vir e a glória desta última casa será maior.
Deus vos Abençoe!

Atenciosamente:

Dcº. Daniel Aguiar

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