segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A importância da oração perseverante


         
        Os Evangelhos relatam um episódio ocorrido no ministério de Cristo envolvendo um chefe da sinagoga chamado Jairo. Este aflito homem, ao se deparar com o caos dentro do seu lar, através de uma enfermidade que deixara a sua filha à beira da morte, toma algumas atitudes que são cruciais para a obtenção de sua vitória.
Estamos agora diante da terceira atitude de Jairo. Lembrando que, primeiramente, ele foi até Jesus pessoalmente, segundo prostrou-se aos seus pés em sinal de humilhação, reverência, adoração e reconhecimento da grandeza do Messias e agora, em terceiro, “rogou-lhe muito”.
O pedido deste apreensivo homem não era uma simples solicitação, mas o evangelista Marcos ressaltou que ele rogou e muito. Rogar, significa, pedir de maneira humilde e com intensidade. Tem o mesmo sentido de implorar, pedir com empenho e insistência. Mas o que ele pedia com tamanha perseverança? Simplesmente, que Jesus entrasse em sua casa, onde se encontrava instalado o seu problema.
Às vezes não compreendemos as razões pelas quais muitas coisas acontecem repentinamente, mas Deus sempre sabe o que faz (João 13.7). Em muitas ocasiões Ele abre a ferida para tratar a alma e nos aproximar dele.
            Jairo havia se desprendido de todo o seu fervor ao judaísmo e pediu Aquele que, certamente, poderia acalmar a tempestade de seu coração.
Este é um precioso ensinamento, pois vivemos num mundo onde muitos, em suas orações, pedem inúmeras bênçãos ao Senhor, porém não são persistentes em seus propósitos. No ministério de Cristo, Ele falou da importância de perseverarmos em oração e jamais desfalecermos:

“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer [...]”. (Lucas 18.1)

            Nesta ocasião, Ele falava sobre a parábola da viúva que rogava constantemente para que o juiz de sua cidade fizesse justiça contra o seu adversário, por fim, mediante a sua perseverança, o seu pedido, finalmente, foi atendido.
            O Salvador espera de nós a mesma atitude.
            Ao escrever aos crentes em Roma, o apóstolo Paulo, asseverou dizendo:

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”. (Romanos 12.12) Grifo nosso

Pr. Daniel Aguiar
Cabo Frio, 10.12.18


segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Lançamento do segundo livro do Pr. Daniel Aguiar

       Neste sábado (25/08) aconteceu no centro da cidade de Cabo Frio/ RJ o lançamento do segundo livro do Pastor e Professor Daniel Aguiar, com o tema: O que fazer quando a tribulação chega?
       Trata-se de uma literatura de cunho cristão cujo propósito é apresentar ao leitor as saídas que só Deus pode nos conceder quando não sabemos o que fazer ante as nossas intempéries.
       Como o próprio autor denomina, não é um livro de autoajuda, sim de ajuda do alto.
       O evento foi realizado na Casa de Cultura José de Dome, mais conhecido como Charitas, e contou com a presença de familiares, amigos, professores, autoridades religiosas e admiradores do ministério do autor.









sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Lançamento do mais novo livro do Pastor Daniel Aguiar

CONVITE:

Neste sábado (25/08), das 19:00-21:30hs, na Casa de Cultura José de Dome (Charitas), no centro de Cabo Frio/ RJ. Lançamento do livro: O que fazer quando a tribulação chega?
O autor Daniel Aguiar convida você!







domingo, 8 de julho de 2018

Por que crer na Trindade?


Este é um dos assuntos mais polêmicos da Bíblia Sagrada e uma doutrina/ dogma do cristianismo.
Longe do contexto histórico dos concílios, onde este assunto esteve exclusivamente em pauta, desejo me ater apenas ao que tange diretamente às Escrituras
Apesar de a palavra trindade não ser encontrada na Bíblia a sua manifestação é constante em cada página. Assim como a palavra Deus não aparece no livro de Ester, todavia encontramos a sua ação em todo o seu contexto.
A palavra trindade apareceu pela primeira vez com um dos pais da igreja chamado Tertuliano. Este singelo homem inaugurou o termo trindade, nos séculos II e III, para designar um Deus uno e triuno.
A partir daí podemos traçar um panorama bíblico baseado na seguinte indagação: Por que crer na Trindade?

1 – Deste o inicio das Escrituras Sagradas ela é manifestada. No livro do Gênesis  encontramos a Trindade em evidência:

   “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26)

        Observe que no primeiro versículo Deus não disse: “Farei” sim “façamos”.  Aqui o plural é apresentado, o que indica uma ação conjunta do Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo na confecção do homem.
Vale lembrar que a primeira palavra hebraica nas Escrituras para Deus é Elohin (Gênesis 1.26) e esta se encontra no plural, indicando a pluralidade das pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) na unidade do ser (Deus).
Após a queda a mesma pluralidade se manifesta mais uma vez na unidade:

“Então disse o Senhor Deus: Agora o homem se tornou como um de nós” (3.22)

         Deus não disse que o homem se tornou como "Eu", mas “como um de nós” - Por mais uma ocasião a Trindade é manifestada.
Ao decidir confundir as línguas, derrubando a Torre de Babel, mais uma vez encontramos a Sua ação:

Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro” (Gênesis 11.7).

2 – Na Era dos Reis muitos profetas foram levantados por Jeová, dentre eles o sacerdote Isaías, filho de Amós. No momento do seu chamamento profético ele registrou no capítulo 6, versículo 3 o cântico dos serafins:

“E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória.“

    Observe o tríplice cântico destes seres angelicais representando a santidade da trindade divina.
       Contextualizando eles estariam dizendo:
          
           “Santo Pai, Santo Filho, Santo Espírito Santo.”

3 – Há alguns estudiosos que afirmam que, se nós cristãos crermos na trindade, automaticamente deixamos de ser monoteístas (crença num único deus) e nos tornamos politeístas (crença em vários deuses). O problema está claramente evidenciado no modo como eles querem enxergar esta doutrina, não em sua verdadeira composição.
      Primeiramente precisamos compreender que Deus é Triuno – São três em  um como na matemática:

               1x1x1=1 (monoteísmo) e não 1+1+1=3 (Politeísmo)

4 – Na dispensação da Graça temos algumas apresentações da trindade:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus” (João 1.1)
         
        Este princípio que João registrou é o abordado anteriormente no “Façamos” do Gênesis. O Cristo, no princípio, "era Deus".

“Eu e o Pai somos um.”  (João 10.30)


          A unidade que há no Pai e no Filho.

“Quem vê a mim, vê Aquele que me enviou. (João 12.45)

                Cristo é a representação do próprio Deus.

Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.” (João 14.7)

                Ambos possuem a mesma essência. Quem conhece um, conhece outro.

“...Quem me vê a mim vê o Pai..”. (João 14.10)

              Cristo também é o próprio Pai.

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. (I João 5.7)

              O Pai, a Palavra (Cristo o verbo de João 1.1) e o Espirito Santo  são um em Deus (totalidade dos três)

“E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (I João 5.8)


      São três elementos fundidos em um.

Quando Cristo prometeu a vinda do Espírito Santo ele disse que enviaria o Consolador (João 14.16,17). A palavra grega para Consolador é Paracletos (παράκλητος), o que diz respeito a alguém que é como o Cristo, com o seu mesmo poder e glória. Na verdade trata-se do próprio Deus.
Quando afirmamos que Deus está entre nós, ele realmente está na pessoa do Espirito Santo que habita em nós, seu tempo (Atos 17.6). Trata-se do verdadeiro Emmanuel prometido, o Deus no homem.
O batismo de Jesus Cristo foi o único evento registrado onde a Trindade se manifestou numa mesma ocasião: O Pai no céu falando sobre o Filho, o Espirito Santo sobre Ele como pomba e o Filho nas águas do Jordão. Observe que a imagem não estava na horizontal, sim na vertical (Mateus 3.16,17).
Cristo ao enviar a sua igreja ao campo ordenou que fizéssemos discípulos e batizássemos em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo (Mateus 28.19).
A Bênção Apostólica é pronunciada em nome da trindade:

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.”

5 – O Pai, o Filho e o Espírito Santo compõem Deus e não forma deuses.

      O Pai é Deus: João 6:27 / I Pedro 1:2
      O Filho é Deus: João 1:1 / Colossenses 2:9
      O Espírito Santo é Deus: Atos dos Apóstolos 5:3-4 / I Coríntios 3:16

                Cada um tem sua função específica:


      O Pai é a fonte completa
      O Filho é o agente
      O Espírito Santo é o meio

DEUS É A COMPOSIÇÃO DOS TRÊS



terça-feira, 19 de junho de 2018

Como houve luz no primeiro dia se o sol, a lua e as estrelas só foram criados no 4º dia?

Moisés, considerado autor do pentateuco, começa o livro do Gênesis relatando que “no princípio criou Deus os céus  e a terra”.
Primeiramente Ele criou os céus (no plural), não o Céu Trono de Deus. Trata-se do primeiro céu, que para nós são as nuvens, e o segundo céu dos astros.
Nesta ocasião Deus separa dia e noite. Ele apenas nomeia à noite como sendo algo escuro e o dia como sendo algo claro. Ele apenas os adjetiva.
A pergunta surge: “de onde vinha essa luz do ‘haja’ se o sol, a lua e as estrelas ainda não haviam sido criados?”. “Que dia e noite são esses?”
A primeira consideração que faço é que esta luz emanava do próprio Deus assim como o apóstolo João escatologicamente  destacou no Apocalipse:

“A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porém a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” (21.23) 

“E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.” (22.5)   

Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), a palavra hebraica para "luz" é yon e refere-se as ondas iniciais de energia luminosa atuando sobre a terra. A partir de então Deus dos céus olha para Terra e começa dar as ordens, o seu "haja" e as coisas foram acontecendo segundo o seu querer.
“Haja luz” deu origem ao primeiro dia, dia este que vejo como ago “medido” no tempo do próprio Deus, tanto que se observarmos no versículo 5 a palavra Dia começa com D maiúsculo, como também à Noite, com N maiúsculo.
Trata-se da presença de Deus no universo, chamado de abismo (grande vazio escuro), e Ele trazendo a luz com a sua presença. Vendo a luz (claridade) e vendo as trevas (escuridão) Ele agora se preocupa com o nosso tempo, pois pela sua presciência intentava criar o homem. Para isso o Todo Poderoso precisa criar luminares para que nós, os homens, nos situássemos na questão do tempo cronológico. Deus precisaria preparar a terra para o homem viver, se organizar e desenvolver.
Isso fica evidente a partir do vs 14, onde Jeová estabelece a função desses luminares (hb.ma òr) - criar sinais e determinar dias e anos. Ou seja, os homens se organizariam na agricultura, na pesca, na contagem do tempo, e em algumas culturas até no nascimento de.
No versículo 16 o Criador vaticina que as suas funções: um de governar o dia (d minúsculo), em hebraico yon (יום), correspondendo a um período de 24 horas e outro de governar a noite (n minúsculo), em hebraico layil (לילה), mostrando, através das iniciais minúsculas, o tempo do próprio homem (cronos) contado a partir do sol e da lua - 24h.
A presença de Deus com a sua luz do haja inicial iluminou o universo: "os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos". (Salmo 19.1)
A luz que ilumina o universo, a saber, o segundo céu, outrora dominado pelas trevas, é a luz que provêm do próprio Deus. É Ele quem  a dissipa (João 1.5) e sustenta a terra e todo o universo (Isaías 42.5).
No universo a contagem do tempo é outra - anos luz. Abaixo do firmamento pelo sol e pela lua a contagem é de 24 horas próprio para o homem (Gênesis 1.14b).
Deus vos abençoe ricamente!
Paz!

Cabo Frio/RJ
19/06/2018


segunda-feira, 28 de maio de 2018

É tempo de recomeçar!

“Deixando as coisas que para trás ficam, avançando para as que adiante de mim. Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus”

Recentemente ingressamos em um novo ano (2018) e com ele vieram muitas expectativas e sonhos. Oramos, projetamos e nos dedicamos para que cada um deles sejam plenamente alcançados. Não sou contra tal atitude, pois isso é sinal de quem está vivo e sonha com o melhor de Deus para si, entretanto essa é apenas mais uma cena do que vivenciamos nas transições de anos anteriores. Oramos, projetamos e nos dedicamos para que cada um dele sejam plenamente alcançados, mas grande parte eles, ou até mesmo nenhum deles, se concretizaram. A questão é, ou avanço acreditando que vale a pena lutar ou paro olhando para as inúmeras tentativas e seus insussessos? Quantos sonhos foram projetados para 2017 e não foram concretizados? O ano se iniciou e você estava firme e confiante, no entanto, com o passar do tempo, foi esfriando e abandonando o seu propósito. Estamos diante de um texto paulino, onde o pai das missões disserta sobre a sua vida, o que reflete o nosso viver cristão. O que ele nos revela é que o passado ficou para trás: “deixando as coisas que para trás ficam...”.  Se eu não consegui tal vitória isso não representa o fim de tudo, mas uma chance de recomeçar. É tempo de deixarmos para trás nossos fracassos e insucessos e “avançarmos”, ou seja, prosseguirmos, caminharmos para frente. Há sempre algo à nossa frente. Nada está acabado. O grande missionário ainda prossegue dizendo que devemos avançar para as coisas que estão adiante, à frente, de nós. Ele se compara a uma flecha que não é lançada ao esmo, mas possui um objetivo que é estar no centro da vontade do arqueiro. Todo servo de Cristo tem um alvo, om foco, um objetivo e por ele e para ele deve prosseguir. Prosseguir para o alvo resulta no alcance do prêmio. Só alcança o prêmio àquele que milita legitimamente (), aquele que persevera até o fim (II Tm 2,5) aquele que suporta tudo por amor à Cristo e nele confia. Há sempre uma recompensa para os perseverantes. Meu amado irmão, caso você tenha enfrentado frustrações ou decepções, não é tempo de parar, ao contrário, é tempo de avançar, pois este alvo são as promessas do Pai para Seus filhos e Ele te recompensará o mais breve possível. 
     Saúde e Paz!

sábado, 28 de outubro de 2017

Pr. Daniel Aguiar é o mais novo membro da AELB

     Neste dia 23 de outubro de 2017, o Pastor Daniel Aguiar foi acolhido como o mais novo membro correspondente da Academia Evangélica de Letras do Brasil - AELB.
   A cerimônia, realizada na Catedral Presbiteriana no Rio de Janeiro, em comemoração aos 55 anos da academia e contou com a presença de acadêmicos, autoridades políticas e familiares dos afiliados.












terça-feira, 25 de julho de 2017

O ascetismo e o farisaísmo contemporâneo

O ser humano foi criado para honra e glória do nome do Seu Criador.
Esta é uma verdade absoluta e irrefutável implícita nas Escrituras Sagradas.
A coroa de Sua criação deveria, com afinco, glorificar e exaltar o Seu nome constantemente reconhecendo sua total dependência dEle.
Lamentavelmente, como passar do tempo, o pensamento teocêntrico (Deus no centro de todas as coisas) passou a ser substituído pelo pensamento antropocêntrico (o homem no cento de todas as coisas). Não digo isso com base histórica do Renascimento ocorrido na Europa entre o fim dos séculos XIV e XVI, mas no novo direcionamento eclesiástico de importância voltado para a glória do próprio homem.
Nos dias de Cristo existia a mais importante ramificação do judaísmo que com veemência Ele criticava – o farisaísmo.
Pense num grupo cuja conduta contradizia com a sua pregação?
No farisaísmo a prática do ascetismo era frequente. Muitos fariseus fervorosos viviam tal comportamento.
O ascetismo, nesse contexto, nada mais é do que um conjunto de privações, evitações que fazem parte da vida de todos que seguem esta doutrina. É fato que como servos de Cristo somos convidados a viver um ascetismo decente, cujas privações visam mortificar a carne e fortalecer o espírito, assim como o jejum é indispensável nesse processo.
Mas qual a relação entre essa conduta e o farisaísmo?
Nos tempos de Cristo os fariseus viviam essa realidade, pois utilizavam o jejum como princípio de privação e devoção, todavia não glorificavam a Deus, mas a si mesmos (Mateus 6.5).
Era comum no primeiro século da igreja encontrar um fariseu que após acordar não penteava o cabelo, nem escovava os dentes, mas ia todo desleixado orar nas esquinas para ser visto como “um exemplo de homem de Deus”.
Tratava-se de um ascetismo antropocêntrico, pois muitos dos que passavam e diziam: “eis aí um homem de Deus que renuncia os prazeres do mundo por Seu Senhor”. Sem titubear o Messias os denominava de hipócritas, pois seu maior objetivo era vender uma imagem para os homens e adquirir glórias terrenas para si.
Pasmem todos, mas essa prática não se restringiu apenas ao tempo de Cristo, mas com o passar dos anos ela foi se amoldando as novas culturas até chegar em nossa contemporaneidade.
Há um ascetismo moderno agregado a prática farisaica contemporânea.
É fácil identificar isso principalmente na internet – o maior veículo informativo desse mundo pós-moderno.
Quantos que se dizem homens de Deus e que arrebanham um público adquirem para si a imagem de santos homens, entretanto não glorificam Aquele que é Santíssimo?
Tais pessoas se elevam diante dos homens tendo aqui já reservado o seu galardão (Mateus 6.2).
Tudo o que fazemos para o nosso Deus: oração, jejum, leitura da Palavra de Deus, evangelização... São realmente para Deus e não para induzirmos a nossa promoção diante dos homens.
Quantas vezes nas redes sociais me deparo com imagens que representam tais práticas. Listarei algumas experiências:

1 – Certa feita me deparei com uma postagem de um irmão de joelhos no monte simulando uma oração e tirando uma selfie cuja legenda era: “Eu pagando um preço”, “No monte falando com O Senhor”.
Perdoem-me, mas o objetivo de tal pessoa é glorificar a si mesmo. O mais interessante é como o ego dela é massageado quando se vê nos comentários as seguintes frases: “Deus precisa de homens que busquem a Ele como você!”, “É isso mesmo varão, seja exemplo para essa geração.”
É muito complexa essa triste realidade. O homem de Deus quando está orando se esvazia de todo o seu eu e se enche de Deus.
Ou você ora ou tira uma selfie, os dois não dá!

2 – Em outra ocasião uma certa pessoa postou uma foto entregando folhetos evangelísticos. O mais curioso era a pose feita para a foto que foi tirada, o indivíduo entregando um folheto, um pecador recebendo e ambos olhando para a foto. Parecia mais uma politicagem. A legenda era: “Eu fazendo o ide, ganhando almas para Deus”.
Para piorar vem os massageadores de ego do endeusado com os seguintes comentários: “Deus precisa de homens que façam o ide”, “Que Deus levante homens como você que tenha paixão pelas almas”.
Mais um exemplo da glória ao próprio homem.
Se eu ganho almas para Cristo isso só diz respeito a mim e Ele.


3 – Há pregadores que em suas ministrações fazem questão de dizer quantas vezes oraram, jejuaram, leram a Palavra, quantas almas ganharam, quantas ofertas entregam... Tudo isso não edifica a vida de nenhum ouvinte, mas os conduzem a olhar para o “ministro” e dizer que ele é muito bom.
                Isso se assemelha a prática do fariseu orando no templo ao lado do publicano. Enquanto o fariseu se promovia diante de Deus pelos seus atos, o publicano se humilhava. Cristo mesmo disse que ele “orava de si para si mesmo”. Ele orava alto para que todos vissem quem ele era (Lucas 18).
                Que tenhamos a humildade do publicano que reconhecendo os seus erros disse: “Deus, tem misericórdia de mim que sou pecador!”.

4 – Certos pregadores tem o costume de quanto estão pregando e após a pregação postarem fotos de suas apresentações seguidas das legendas: “Preguei hoje e quebrei tudo”, “Virou a casa”, “Explodiu tudo!”, “Tremeu tudo”, “Hoje ganhei 10 almas para Cristo”.
Perdoem-me meus amigos se estou soando muito radical, mas quem tem um pouco de senso e conservadorismo sabe que não há mérito algum no homem. Aprouve a Deus nos usar de bondade para ganhar almas para o Seu reino.
Além do mais a maior honra é do irmão (a) que está há tempo lutando para que aquela vida visite a sua igreja.
Paremos de dizer que quebramos tudo, viramos a casa, explodiu, e muitos outros termos errôneos do meio pentecostal. Tudo isso mostra que, como está em primeira pessoa, a glória é minha.
Quem faz é Deus, do jeito que Ele determina e para a Sua glória!
Estamos no tempo do fim, às vésperas do arrebatamento, não sejamos presunçosos, egoístas e promotores de nossa própria imagem. Quem nos eleva é o Senhor por sua misericórdia.
O que fazemos para Deus e o que Ele faz por nós só diz respeito a vocês. Elizeu tendo porção dobrada da unção de Elias não se promovia, mas as suas obras eram vistas de modo que o testemunho que diziam a seu respeito era objetivo: “Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Re 4.9).
Finalizo com um versículo das Escrituras Sagradas que resume como deve ser a nossa prática:

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”.
(1 Coríntios 10.31)

Não precisamos dizer quem somos, mas as nossas práticas falarão por si mesmas.
Deus te abençoe!

Paz!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

“Esta enfermidade não é para morte”, mas Lázaro morreu – E agora?!

         
            Este é um dos relatos mais intrigantes acerca do ministério de Cristo.
É evidente que por onde Ele passava três coisas Constantemente  realizava: pregava, ensinava e curava.
Sobre as curas e milagres ministrados pelo Filho de Deus sabemos que foram muitos, de maneira que o apóstolo do amor relatou que, se todos os Seus feitos fossem registrados, todos os rolos do mundo não seriam suficientes (João 21.25).
Ficamos abismados com a cura de Bartimeu, do paralítico do tanque de Betesda, da filha de Jairo, da sogra de Pedro e muitos outros; agora o que o Nazareno realizou em Betânia até hoje atrai o olhar de muitos  principalmente da alta crítica que luta com afinco para apagar a veracidade das Escrituras Sagradas.
Por estes dias dia fui abordado com esse questionamento narrado no evangelho de João no capítulo 11:
“Se Jesus disse que a enfermidade de Lázaro não era para morte, por qual razão ele morreu? Estaria Cristo equivocado? Seria uma contrariedade do evangelista?”
Ressaltou: “Cristo ainda disse – O seu irmão há de ressuscitar”.
Confesso que fiquei muito intrigado, mas ao analisar o texto pude entender o que Cristo estava querendo nos dizer.
É fato que há princípio parece uma grande discordância teológica, um erro de tradução... Todavia a interpretação é mais simples do que imaginamos.
Quando o Messias afirmou que esta enfermidade não seria para morte, o termo morte aqui empregado não tem o sentido de ausência permanente de vida. Contextualizando, Cristo estava dizendo que esta enfermidade não era para extinção definitiva da vida terrena de Lázaro, mas uma pausa, uma temporalidade. Isso pode ser evidenciado no versículo 11 quando O Salvador disse que Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.
Essa é uma prova de que a vida de Seu amigo não acabaria ali, mas aquela situação veio para que o nome de Deus fosse glorificado (v. 4).
Ao afirmar a marta que o teu irmão há de ressuscitar Ele estava dizendo que interromperia o ciclo da morte e daria continuidade a vida de Lázaro, mesmo estando há quatro dias no sepulcro e já cheirando mal.
Ao chegar diante da sepultura ordena que a pedra seja removida e dá a ordem. Num silêncio dominando aquele momento e muitos amigos, familiares e curiosos vendo como seria o desfecho daquela história, sai o homem com vida e de todos se apodera um grande temor e muitos passam a crer nEle (v.45).
            Assim acontece conosco.
Há momentos que aparentam ser para a morte, o fim de tudo, mas O Senhor está dizendo que é apenas uma pausa, um processo para uma glorificação do Seu nome em nossas vidas.
Creia nisso caro leitor, parece que a morte venceu, mas Aquele que manda na morte está vindo em sua direção para ressuscitar todos os projetos que estão enterrados.
Há um novo tempo chegando para ti e todos que te cercam.
Assim como no capítulo seguinte Lázaro estava à mesa com Cristo (João 12.1,2) O Pai Celestial está preparando uma mesa diante de todos para que vejam que aqueles que Ele ama não ficam confundidos.
Creia nisso!
Deus vos abençoe!

Cabo Frio,10/07/17. 

domingo, 18 de junho de 2017

De tal maneira...

    Quando observamos o evangelho de João 3.16, automaticamente, nos deparamos com o texto áureo das Escrituras Sagradas.
    Trata-se da representação de um amor incondicional, em grego conhecido como ágape, tendo o sentido de sacrificial. Este é o amor de Deus pela humanidade registrado pelo evangelista João.
    Ao escrever numa folha com a pena e o tinteiro, o apóstolo do amor precisou de um adjetivo para representar esse afeto. Por um bom tempo ele ficou pensando e buscando, em todas as gramáticas de sua época, um vernáculo que chegasse ao máximo possível perto do que o amor de Deus realmente era.
    Todavia sua busca foi frustrada, pois nem o maior filósofo ateniense poderia, com as mais belas palavras, descrever, tampouco definir esse imensurável amor, capaz de fazer Deus enviar sEu único filho para morrer por um mundo condenado.
    No meio de todo esse processo de busca, João não consegue encontrar uma só palavra e, a partir daí, ele define o amor divino como sendo de tal maneira, ou seja, de uma maneira inexplicável, indizível, indescritível.
    De tal maneira não é vernáculo. Com isso o evangelista está nos dizendo que Deus amou o mundo de uma maneira inigualável.
    Aleluias!
    Isso é Graça, um presente imerecido.
   Que possamos diariamente valorizar o sEu amor e retribuí-lo com um muito obrigado, pois este amor começou no Calvário e até hoje se estende a todo aquele que nele crê, a fim de nos conduzir a vida eterna.
    Saúde e Paz! 

Pr. Daniel Aguiar
C. Frio/RJ, 18/06/2017


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